quarta-feira, 28 de novembro de 2007

O livro sobre Nada...

Com pedaços de mim eu monto um ser atônito.
Tudo que não invento é falso.
Há muitas maneiras sérias de não dizer nada,
mas só a poesia é verdadeira.

Não pode haver ausência de boca nas palavras:
nenhuma fique desamparada do ser que a revelou.

É mais fácil fazer da tolice um regalo do que da sensatez.
Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada;
mas se não desejo contar nada, faço poesia.

Melhor jeito que achei para me conhecer...
foi fazendo o contrário.
A inércia é o meu ato principal.
Há histórias tão verdadeiras... que às vezes parece que são inventadas.
O artista é um erro da natureza. Beethoven foi um erro perfeito!
A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem
a ponto que ela expresse nossos mais fundos desejos.
Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos...
Por pudor sou impuro...
Não preciso do fim para chegar...
De tudo haveria de ficar para nós
um sentimento longínquo de coisa esquecida na terra
Como um lápis numa península...
Do lugar onde estou
já fui embora.

(obrigada Manuel Marros - cuiabano como meu avô)

papel, cores e contas ...



como alguém expressa o desejo de descobrir aquilo que ainda não pode ser visto?

acredito...


a Gita paira acima da categoria do tempo e não pode ser creditada a uma época...
é portanto de validade eterna e universal...
seu estudo nos ensina a arte de cruzar o mar da ilusão...